CHAPADA DOS VEADEIROS – Rugidos, grunhidos, uivos e sons assemelhados interceptados pela Polícia Federal revelam uma conspiração entre animais da floresta para pressionar o Poder Judiciário a votar o Mensalão com mais rapidez. Após ser flagrada caminhando altivamente pelo estacionamento do STJ, a onça Nicole Valqueire tentou despistar a imprensa. "Vim miar para o Lewandowski", disse, enquanto farejava um mensaleiro.

Hoje pela manhã, a onça foi flagrada passeando por um shopping da capital e publicou uma foto no twitter. Vestia uma minissaia de oncinha com a mensagem "Basta!". Em seguida, a gata selvagem negou que tenha recebido propostas para posar nua e desconversou quando perguntada se vai se candidatar ao governo do Distrito Federal. "Meu compromisso é com a ética", rosnou, mansinha.

A presença da onça assustou a pacata fauna local do Planalto Central. Antas e bichos-preguiça se esconderam em seus gabinetes. Ratazanas amedrontadas foram vistas pela esplanada entrando e saindo de bueiros. Diante do clima tenso, um parlamentar do PSOL subiu à tribuna da Câmara para protestar contra o desequilíbrio do ecossistema político: "É preciso proteger o mico-leão-honesto. Como nós, da verdadeira esquerda, ele está ameçado de extinção". Havia apenas sete raposas no plenário durante o discurso.

O ministro Cezar Peluso, do STF, aproveitou a presença da onça no tribunal co-irmão para denunciar, em pronunciamento cheio de veneno, a presença de jararacas infiltradas no CNJ. "Precisamos dar umas boas pauladas nesses répteis que querem acabar com nossa reputação", disse, exaltado, trajando sua tradicional capa de morcego. Procurada pelo i-Herald, a ministra Eliane Calmon disse que não iria entrar "em jogo rasteiro", mas, nos bastidores, soltou cobras e lagartos.

No fim do dia, o STF concedeu uma liminar proibindo as expressões "amigo da onça" e "chegou a hora de a onça beber água".

No Congresso, foi aberta uma licitação emergencial para desratizar as duas Casas. Três empresas do Maranhão participam da concorrência.  

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