Queda de luz adia julgamento do mensalão
SUPREMO – Um inesperado apagão ocorrido na noite de ontem adiou, sem previsões, o superclássico entre Joaquim Barbosa e José Dirceu. Os refletores do STF começaram a falhar assim que o relator anunciou a leitura de seu voto. Cada vez que a luz piscava, Joaquim Barbosa aparecia sentado em uma cadeira diferente, em pé, debruçado ou plantando bananeira. "Assim não dá", bradou Ayres Britto, enquanto batia um martelo no dedo de Dias Toffoli. "Vamos interromper os trabalhos. Retomamos depois das eleições", julgou, iluminando seu rosto com uma lanterna.
O Ministro das Minas e Energia, Edison Lobão, negou que o apagão tenha sido provocado propositalmente para beneficiar Dirceu. "Tampouco há relação com o que aconteceu na Argentina", esclareceu. A afirmação foi imediatamente refutada por Cristina Kircnher: "A culpa é do neoliberalismo gestado no Brasil durante os governos do Sr. Fernando Henrique que o Sr. Lobão não teve a audácia de censurar". Em seguida, Kirchner retirou de circulação todos os jornais que fizeram piadas com o fato da cidade do apagão se chamar Resistencia e depois mandou lacrar as redações .
Também não foram confirmados os boatos de que o jogo da seleção e o julgamento foram cancelados a pedido de Dilma. "Ela adora Gabriela. Mas não exigiu que adiantassem o horário", clareou Gleisi Hoffmann.
Eurico Miranda negou participação nos dois episódios. "Estou de férias em Trancoso", avisou.
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