PASÁRGADA – Informado de que seria Presidente da República numa sexta-feira por causa das viagens de Dilma Rousseff e Michel Temer, o senador Renan Calheiros alterou sua agenda. "Pensei em mudar a capital para Maceió em benefício do turismo e da minha família, mas a Câmara e o Senado já trabalharam demais e estão cansados de votações-relâmpago", ponderou.

Empenhado em deixar uma marca indelével em sua presidência, Renan, o Breve, enviou um decreto à Festa Literária Internacional de Paraty, no qual exige que o evento inclua em sua programação especial palestras com o imortal José Sarney e o poeta Michel Temer. "Não é só o Afif que é polivalente. O PMDB também é bom de prosa e faz seus versinhos", murmurou, para, em seguida, declamar um poemeto que a pena iluminada de Temer acabara de cometer: "Emendinha quando nasce se esparrama pelo chão/ a Dilminha quando dorme o PMDB não dorme não". 

Calheiros anunciou ainda que o crítico Antonio Candido resolveu sair de casa para ir à Flip, onde fará uma atualização de seu livro clássico. O tema de sua palestra será "A Centralidade de Marimbondos de Fogo na Formação da Literatura Brasileira”’. Os acadêmicos Merval Pereira e Ivo Pitanguy discutirão os aspectos políticos e estéticos do tema. "Os valentes do PMDB são mulatos natos no sentido lato mulatos democráticos do litoral", Renan batucou na mesa.

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