Carnaval em Brasília não tem hora pra acabar
EIXO MONUMENTAL – A tradicional farra na Capital Federal, que tomou conta do Legislativo, do Judiciário e do Executivo, promete se estender por mais tempo que o previsto. "Ninguém é de ninguém", gritou Eduardo Cunha no microfone, erguendo uma cueca samba-canção.
Em seguida, o presidente da câmara distribuiu confete, serpentina e cargos comissionados, em iguais proporções, para parlamentares fantasiados de todos os partidos. "ÊÊÊÊ / Cunha quer apito / Se não der, cai o PT", reagiu a Câmara, em uníssono. Animado, Michel Temer prometeu se empenhar na organização da festa do cabide (de empregos) 2015.
A resposta da sociedade de bem não tardou. Revoltados com atos de vandalismo, com a presença de mascarados, comerciantes da Vila Madalena saíram às ruas para exigir o impeachment do Rei Momo. "São Paulo não sabe fazer carnaval. Precisamos aceitar essa dura realidade", resumiu Verinha Albuquerque Figueiroa, erguendo uma tacinha de Moët & Chandon.
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