Para voltar a ser popular, Dilma exige ser criticada por Collor
CASA DA DINDA – Após assistir à performance de Fernando Collor na sabatina de Rodrigo Janot, a presidente Dilma Rousseff reconheceu que ficou com uma ponta de ciúme. "Janot foi claramente beneficiado pelo fato de Collor ter sentado na primeira fila. Os olhares canhotos, o sorriso sinistro e a ironia apavorante conferiram, por contraste, uma aura messiânica ao postulante ao cargo de Procurador Geral da República", reconheceu a mandatária. "Por isso reconheço aqui mais um erro cometido por mim: não ter sido hostilizada publicamente por Collor", concluiu, num raro momento de lucidez concatenada.
Em seguida, Dilma pôs em prática um plano para espezinhar o senador alagoano a fim de recuperar sua popularidade. "Contrataremos o juiz que passeou nos veículos de Eike Batista para vigiar aqueles carrões importados que apreendemos na Casa da Dinda. Também apresentarei um Projeto de Emenda Constitucional criando o jarro dos palavrões. Toda vez que Collor proferir palavras de baixo calão, terá uma concessão de rádio ou tevê cassada", explicou.
No final da tarde, a presidente apresentou novas medidas para resgatar décimos de popularidade. "Pegou bem diminuir 10 ministérios. Darei férias coletivas para 20 secretarias que sobraram e, enquanto estivermos em crise, vamos diminuir os 10 Mandamentos para 7."
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