18maio2016 | 16h37 | Cultura

Chico Buarque é visto vendendo miçanga na praia para sobreviver

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LEBLON – O fim do Ministério da Cultura fez com que artistas consagrados finalmente começassem a trabalhar. “Estou quebrado. Da noite para o dia, perdi todas as minhas fontes de renda. Como qualquer comunista, tenho um padrão de consumo muito elevado. A Lei Rouanet pagava até meu plano Tinder Plus. Nunca passou pela minha cabeça que, a essa altura da vida, eu teria que levantar do sofá”, lamentou Chico Buarque, flagrado vendendo miçangas no calçadão.

O compositor até cogita apoiar Michel Temer. “Primeiro, foi a União Soviética que me abandonou. Agora, a Lei Rouanet… Os fornecedores cubanos que escrevem minhas músicas e livros já estão me cobrando. O jeito é falar bem do novo governo para ver se descolo outra boquinha”, desatinou. Em seguida, enquanto praticava malabares com foices e martelos, anunciou: “Em último caso, abro uma igreja”.

Na mesma pindaíba, Caetano Veloso, Gilberto Gil, Maria Bethânia e Gal Costa montaram uma barraquinha de doces bárbaros no Mercadão de Madureira.