LOREM IPSUM – Ávido por repassar às novas gerações os pilares essenciais de seu governo, Michel Temer fez questão de que a redação do Enem fosse escrita em latim. “Muitos pensam que o latim é uma língua decorativa. Mas acabamos de descobrir pedaladas sintáticas que podem provocar o impeachment do português.” Após uma breve pausa provocada por um pigarro, Temer completou. “Eis um recado às novas gerações – prepará-los-ei para o futuro”.

O uso correto da mesóclise, aliás, foi tema da primeira questão da prova de português. No exame de física, o candidato deveria usar a Teoria de Newton revisitada por Luiz Felipe Pondé, à luz de Gabriel Chalita, para mostrar como é possível explicar, cientificamente, que o PMDB ocupe três presidências sem voto. “Além disso, adotamos um novo critério de seleção. Os candidatos que fizerem mais pontos não estarão automaticamente classificados. Todos passarão por um escrutínio para saber se não praticaram crimes de responsabilidade fiscal ou atos de vandalismo”, explicou o ministro da Educação.