SALVADOR – O Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional entrou em novo conflito com o ministro Geddel Vieira Lima. “Descobrimos um projeto que prevê a construção de um prédio residencial no lugar da Praça Castro Alves, em Salvador. O edifício abrigaria todos os amigos, parentes e correligionários de Geddel. Durante a concepção da obra, o termo propina foi usado de diversas maneiras: pixuleco, oxigênio, caraminguá e Michelzinho. O empreendimento seria batizado de Torre de Geddel”, explicou a historiadora Kátia Bórgia, presidente do Iphan.
Irritado, o ministro retrucou: “Como querem reaquecer a economia assim? Daqui a pouco, vão me proibir de demolir o Mercado Modelo para fazer um estacionamento, de implodir o Pelourinho para construir condomínios modernos e de erguer um muro na praia de Amaralina! O Iphan é contra o Brasil. São capazes até de me proibir de usar o Farol da Barra para iluminar minha varanda gourmet quando dou festas aqui em casa”, esbravejou.
No final da tarde, a Justiçal aprovou uma liminar que permite a paralisação do Elevador Lacerda para que o ministro possa subir sozinho com suas compras do mês.