09jan2017 | 17h12 | Brasil

“Cremos haver margem para mais de uma chacina por semana”, diz União Coxinha do Brasil

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FIESP ─ A entrevista concedida pelo ex-secretário nacional de Juventude, Bruno Julio (PMDB-MG), provocou uma onda de reações ─ do governo federal, de ONGs, de parlamentares e da União Coxinha do Brasil, facção a que o peemedebista aludiu ao declarar: “Sou meio coxinha sobre isso (as rebeliões nos presídios). Sou filho de polícia, né? Tinha era que matar mais. Tinha que fazer uma chacina por semana.”

Antes mesmo de Julio anunciar seu pedido de demissão, a União Coxinha do Brasil se manifestou, em vídeo postado na plataforma XTube. Um certo Coxa-Creme Supremo, cuja identidade civil é mantida em segredo, procurou desautorizar as declarações do ex-secretário nacional. Trajando a costumeira túnica bege com capuz cônico em forma do salgado, a liderança da UCB afirmou, em tom belicoso: “O país não tolera mais essa coisa de ser meio isso, meio aquilo. Chega de tucanagem! Vamos assumir nossas responsabilidades! Bruno Julio não fala em nome dos coxinhas. Na III Internacional Coxinha, foi recomendado que as limpezas em presídios devem ser diárias, e não semanais. Reconhecemos que há um problema sério de superlotação nas unidades prisionais nacionais e que só há uma solução para isso, a final. Avancemos, pois.”

Pressionado pelas declarações do líder da UCB, Michel Temer primeiro silenciou durante 72 horas. Depois lançou mão mais uma vez de seu veículo oficial ─ o programa Roda Viva ─ para afirmar que já começou a considerar novos nomes para a pasta da Juventude. “Vislumbramos figuras de porte, que tragam energia e visão holística para o cargo. Já fiz convites. Oxalá Alexandre Frota responda ao chamado da pátria amada.”