HIGIENÓPOLIS – Usando um imenso spray abastecido com Liquid Paper, o prefeito João Doria começou a apagar todas as colunas que Guilherme Boulos publicou na Folha de S.Paulo. “Tenho uma ordem de despejo para retirá-lo do jornalismo”, disse o alcaide, fantasiado de carteiro. Ele prometeu negociar permutas para ocupar os espaços de Boulos na mídia. “Já temos interesse da Zara, do Walmart e da H. Stern”, antecipou.

Em seguida, vestido como um operário da construção civil, anunciou a criação de um Esquerdódromo em São Paulo. “Será no Laboratório de Estudos sobre Etnicidade, Racismo e Discriminação, que fica dentro da Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas da USP,” revelou, enquanto mandava a guarda municipal encarcerar Marilena Chauí no local.

No final da tarde, Guilherme Boulos foi preso novamente por desobediência civil, após tuitar da Marginal Pinheiros.