Claudia Cruz é absolvida por lavagem. Dinheiro guardado na Suíça continua sujo
JARDIM GRAMACHO – A mulher do ex-presidente da Câmara dos Deputados Eduardo Cunha foi absolvida do crime de lavagem de dinheiro em ação relacionada à Operação Lava Jato. Na sentença, o juiz Sérgio Moro afirmou que Claudia Cruz “não logrou sucesso em desembaraçar de impurezas a importância ora investigada. Não havendo, portanto, prova que a acusada agiu com dolo, Vanish ou soda cáustica”. O magistrado é amparado por laudos fornecidos pelo Ministério Público suíço que atestaram a “imundície” das reservas da família Cunha.
Segundo um dos documentos recebidos pela 13ª Vara Federal do Paraná, “o trust em que estão guardados os fundos em questão constitui não somente uma questão criminal, mas também sanitária. O chorume excretado pelo cofre do ex-parlamentar é tão mal cheiroso que já provocou a evacuação de dois bairros inteiros.” Um assessor do juiz Moro, que preferiu não ser identificado, revelou ter recebido informações de que a Agência Suíça de Radioatividade fora convocada para inspecionar a área próxima ao banco onde o dinheiro está depositado.
O Ministério Púbico Federal reagiu à notícia da absolvição e prometeu recorrer da sentença. “Essa decisão é injustificável. Temos um grampo em que Claudia Cruz ensina a um associado aquele truquinho de tirar mancha de shouyu com nabo ralado. Alguém que detém esse tipo de conhecimento é obviamente uma especialista em lavagem”, diz o procurador da República Carlos Fernando dos Santos Lima.
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