Em encontro noturno, Temer e Gilmar discutem semifinais da Copa do Brasil, semi-presidencialismo e semi-democracia
JABURU – Os encontros fora da agenda entre o presidente Michel Temer e o Ministro do STF e presidente do TSE Gilmar Mendes, que já causam espécie nas páginas policiais, atingiram agora o noticiário esportivo. Segundo a assessoria do Planalto, o encontro da noite do último domingo deu lugar, sobretudo, a discussões em torno das semifinais da Copa do Brasil, disputadas entre Grêmio e Cruzeiro, num jogo, e Flamengo e Botafogo, noutro. Mendes, santista, prometeu atuar em favor de Temer, que não tem time, mas torce para quem está ganhando.
Estiveram em pauta também as questões do semi-presidencialismo e da semi-democracia, arranjos que, segundo o paladino das almas encarceradas (e muito ricas), posicionará o Brasil “debaixo da Ponte para o Futuro”. “A verdade é que já temos um semi-presidente semi-eleito atuando conforme um semi-programa, com uma taxa de semi-aprovação robusta com vistas a entregar um semi-país ao fim de 2018”, afirmou o ministro, escova de dentes à mão, antes de entrar no Jaburu. “No semi-presidencialismo, há uma semi-divisão de poderes, de modo que prefiro trazer minha escova para cá. Não tem quem aguente mau hálito, mesmo se for semi”.
Evitando responder sobre o misterioso conceito de semi-democracia, Mendes divulgou a concessão de um habeas corpus bombástico. A pedido de Temer, liberou o goleiro Bruno, que poderá fortalecer a defesa do Flamengo na final da Copa do Brasil. “Estamos pensando em formar coalizões. O deputado Jair Bolsonaro já me informou que cogita escalar Bruno como semi-vice-presidente”, afirmou Michel Temer, para quem o goleiro representa, por si só, uma nova metodologia para lidar com o crime organizado.
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