LOJA MAÇÔNICA GRANDE ORIENTE – Engolfado numa polêmica desde que um general da ativa aventou a possibilidade de intervenção militar na última sexta-feira, o Exército se manifestou oficialmente há algumas horas na voz da sua autoridade máxima. O comandante Eduardo Villas Bôas, falando para a mesma megastore maçônica em que seu general discursou na fim da última semana, disse que pretendia “colocar panos quentes” na questão, embora, como sói acontecer, os tais panos tenham entrado em combustão instantânea graças ao palavreado acessado ao longo da noite.
De início, Villas Bôas enfatizou que se deve desmistificar a ideia de intervenção militar, insistindo que ocorrem a todo momento, como na transposição do São Francisco, no apoio ao combate ao tráfico de drogas nas favelas cariocas, e nas incursões na cultura popular por figuras como o “inesquecível e valoroso sargento Pincel”.
Inquirido por um primeiro vigilante se o que fora sugerido pelo general Antonio Mourão não constituiria um golpe, o comandante retorquiu com ênfase que “não se usa mais essa palavra, que, além de estar datada, ficou associada ao governo Temer”. “Agora trabalhamos com a noção de impeachment com tanques, recorrendo ao que há de mais moderno na teoria da administração de instituições com o uso da pólvora”, asseverou Villas Bôas.
Ao fim de sua fala, num tom descontraído, o comandante afirmou que pretende estar presente em todos os lares brasileiros, o que será possível com a linha de azeites Verde Oliva, fabricados com azeitonas cultivadas por praças “devidamente fardados e disciplinados”,a ser lançado em dezembro deste ano.