Morre Hugh Hefner, o homem mais odiado pela indústria têxtil
PRAIA DO ABRICÓ – Morreu na noite da última quarta-feira Hugh Hefner, o lendário publisher americano, fundador da revista Playboy e arqui-inimigo dos agricultores de algodão, fabricantes de tecido, estilistas e varejistas de roupas.
Desde que mulheres começaram a aparecer nuas nas ousadas capas da publicação, o abalo sísmico cultural com epicentro em milhares de bancas de revista nos Estado Unidos e no mundo pôde ser sentido mês após mês. Em 1978, o estilista Polo Ralph Lauren liderou uma manifestação na Rodeo Drive, em Los Angeles, por “direitos humanos para as playmates”. Hefner respondeu numa auto-entrevista em sua própria revista, afirmando que as “playmates são coelhinhas, de modo que não faz sentido algum exigir direitos humanos para elas”.
Ao longo dos anos, as relações entre o fundador da Playboy e o setor têxtil foram se acirrando, ao ponto que em 1983 a luxuosa marca italiana Fendi ofereceu casacos feitos inteiramente com pele de coelhos a homens que cancelassem a assinatura da revista. Irreverente, Hefner declarou: “vocês podem até tirar a pele das coelhinhas, mas quem tira o couro sou eu.”
A morte do empresário interrompeu a expansão global da revista, que vem encontrando uma ávida audiência on-line nos países árabes. O rei Salman, da Arábia Saudita, afirmou recentemente que a revista é bem-vinda ao país contanto que as revistas sejam envelopadas por “burkinhas” nas bancas de revista, de modo que só os olhos da modelo de capa possam ser vistos.
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