Magistrados celebram libertinagem na Parada do Auxílio-Moradia
TRIO ELÉTRICO – “É uma farra super gostosa”, explicou o ministro do STF, Luiz Fux, durante a primeira Parada do Auxílio-Moradia, realizada ontem na Esplanada dos Ministérios, em Brasília. “Aqui entra juiz, promotor, até defensor público, se quiser. O importante é ter gingado pra pular o teto salarial”, continuou, do alto de um carro alegórico. “E tem que ter decoro, claro, pra mostrar ao brasileiro que quem recebe auxílio também é de família.”
Fux foi o grande homenageado da festa, em função da liminar que concedeu, em 2014, autorizando o pagamento de auxílio-moradia a todos os magistrados. “A escolha pelo nome dele foi natural”, explicou o juiz Marcelo Bretas, praticante do auxílio em casal e presidente da AMA-AMA, a Associação dos Magistrados com Auxílio-Moradia e Alimentação. “O ministro Fux sempre militou muito nessa área das minorias jurídicas.”
A parada também serviu para jogar um foco de luz sobre outros membros da comunidade JDMPQTAMMTOM (Juízes, Desembargadores, Ministros e Procuradores Que Transam um Auxílio-Moradia Mesmo Tendo Onde Morar). “Existe uma petição em trâmite para que se agregue a letra S à nossa sigla, para representar os simpatizantes da causa. É aquele pessoal que defende o nosso direito e o nosso estilo de vida”, afirmou o procurador Deltan Dallagnol, que foi à Parada fantasiado de Power Point.
“Tem também aquele pessoal que recebe auxílio, como deputados e senadores, que ficam dentro do armário”, complementou José Antonio de Paula Santos, juiz do estado de São Paulo, que nunca teve medo de receber auxílio-moradia, apesar de ser dono de 60 imóveis. “É por eles a nossa luta também. Não tem que ter toga para ter verba.”
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