VÁCUO – “São seis encontros por semana. É uma rotina pesada. Eles ficam fechados em uma sala por oito horas e não falam absolutamente nada, mesmo quando perguntam se querem um café ou água”, afirmou uma fonte próxima a Joaquim Barbosa, referindo-se ao treinamento pelo qual ele e Marina Silva têm passado. “Às vezes alguém tenta provocar algum dos dois dizendo frases polêmicas como ‘E o Corinthians?’, ‘Não é bolacha, é biscoito’ e ‘Foi golpe’, mas nunca adianta”.
A prática do treinamento empregado pelos dois presidenciáveis é uma técnica antiga. Os participantes firmam um contrato não verbal, e o primeiro a quebrá-lo tem que organizar uma coletiva de imprensa e realmente se posicionar sobre assuntos polêmicos.
Casas de apostas já especulam sobre o resultado da competição. Especialistas apostam na vitória da ex-senadora, que já estaria acostumada à falta de interlocutores em meio à floresta. Apostadores mais ousados têm preferido Barbosa, que por anos compartilhou o plenário do STF com Gilmar Mendes e teria perdido a fé no poder da palavra.