Paleontólogos do Planalto avisaram que todos os velocivélez seriam barrados na entrada. ILUSTRAÇÃO: PAULA CARDOSO
Museu de História Natural de Nova York teme superlotação de dinossauros em evento pró-Bolsonaro
ERA MAIS-OU-MENOS-ZÓICA – “Mesmo tendo uma das melhores estruturas do mundo, nós não estamos prontos para receber tantas espécies, de um catálogo tão variado, ao mesmo tempo. Causaria uma perigosa superlotação e nos colocaria em risco.” A explicação foi dada hoje de manhã pela direção do Museu de História Natural de Nova York, que está avaliando a possibilidade de cancelar uma homenagem da Câmara de Comércio Brasil-Estados Unidos ao presidente brasileiro Jair Bolsonaro, que ocorreria dentro da instituição.
“Todo mundo aqui entende tudo de dinossauro”, explicou o planetólogo-chefe da casa. “Mas uma coisa é olhar para um pedaço de costela e perceber que ela pertence a velociraptor. Outra coisa é olhar para um fragmento de um tuíte e tentar saber se veio de um olavossauro, um pterocarlos ou um goldensauro-rex. E se a gente erra? De que forma vão reagir esses animais bárbaros?”
O paleontólogo lembrou que a equipe chegou a estudar as particularidades de algumas espécies brasileiras do passado. “Já nos debruçamos sobre ossos de latifundiarius-rex, de sabe-com-quem-está-falandius e de me-ajuda-a-te-ajudarossauro. Mas isso foi antes que o conceito de sobrevivência dos mais aptos dessem às espécies o direito de ter quatro armas em casa. Os dinossauros da era Temer eram fofos e dóceis como um Geddel. Agora são todos assustadores como um Alexandre Frota.”
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