"Não sabia que o véio da Havan agora vendia diploma também", afirmou Ciro Gomes ao saber do caso. ILUSTRAÇÃO: PAULA CARDOSO

22maio2019 | 17h32 | Educação

Fraude no Lattes: Witzel confundiu Harvard com Havan

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GRÁVIDA DE TAUBATÉ – Um gabinete de crise foi montado no Palácio Guanabara, sede do governo estadual do Rio de Janeiro, para explicar por que o governador Wilson Witzel teria inventado que estudou em Harvard. “Se ele mentisse dizendo que foi do Bope, da Brigada Paraquedista ou dublê do Vin Diesel, a gente até entenderia”, explicou um assessor. “Mas Harvard? Que que um cara que quer ser presidente do Brasil ganha inventando que estudou em Harvard?”

Horas depois, o mistério foi desfeito: Witzel teria confundido a universidade de Harvard com uma ida às lojas Havan, onde participou de um institucional em homenagem ao decreto das armas. “Foi culpa da Estátua da Liberdade que tem na frente da loja, e daquele careca, dono da loja, que parece um reitor”, explicou o próprio Witzel, após ter seu curriculum lattes abatido por um sniper. “E eu estava meio desorientado, descendo do helicóptero depois de metralhar uma comunidade.”

Witzel afirmou ter feito os cursos de Bolsonarismo 1, 2 e 3 durante seu período de estudos na loja: “Isso me deu uma formação sólida para o uso do Twitter, além de um network com todos os influenciadores das milícias do Rio.” Em seguida virou-se para uma câmera e disse: “E a Havan entende tanto quanto a Harvard quando o assunto é economia!” O MP do Rio de Janeiro instaurou um inquérito para investigar o merchan feito pelo governador.