A exemplo do Furacão Dorian, o Tsunami Bolsonarion é alimentado por um efeito climático conspiratório chamado ideologia de gênero

03set2019 | 17h54 | Meio Ambiente

Para ofuscar Furacão Dorian, governo encomenda Tsunami Bolsonarion

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EL GAROTIÑO – “É um jeito natural de apagar o fogo da Amazônia e do João Doria ao mesmo tempo, tá ok?”, afirmou o presidente Jair Bolsonaro, sobre o próximo projeto de seu governo, o Tsunami Bolsonarion. “O Marcos Pontes é astronauta, já foi pro espaço, então mandei ele inventar uma tecnologia pra virar aquelas pororocas do Rio Amazonas ao contrário.” O aparato foi lançado com estardalhaço, mesmo sem nunca ter sido testado. “Não precisa nem funcionar”, explicou Bolsonaro. “O importante é ele gerar mais notícia que aquele furacão engomadinho até a eleição de 2021.”

A iniciativa de Bolsonaro de mexer com as marés gerou protestos de ambientalistas, otimistas, pessimistas, sufistas, surfistas, anarquistas e alquimistas, mas obteve apoio imediato de seus ministros. Abraham Weintraub, da Educação, foi o primeiro a endossar a ideia, através de um comunicado à imprensa em que escreveu a palavra tsunami com “z”: “O tzunami pode gerar uma paralização de proporssões tzunâmicas na Fiezp e no Foro de Zão Paulo.” Já o chanceler Ernesto Araújo celebrou com a erudição de costume: “Se de fato acontecer, o tsunami será uma “Voluntatem Dei”, ou seja, vontade de Deus.”

Enciumado, o governador do Rio de Janeiro, Wilson Witzel, avisou que pretende lançar um terremoto com seu nome na próxima semana. “É um terremoto de bem, que vai chacoalhar todos os bairros do Rio, salvo por aqueles que têm milícia.”