MEU PONTO – “O artista tem que estar onde o grupo de família do WhatsApp está.” A frase foi dita pela atriz Regina Duarte, durante uma junket com o elenco do filme O Grande Democrata – remake sobre a Alemanha nazista de 1930, a ser gravado pela cineasta Leda Riefenstahl nos Estúdios Vivendas da Barra. “Relutei muito em aceitar o convite, mas acabei convencida pelo argumento do presidente Bolsonaro de que tem que mudar isso daí.”
No filme, Regina vai contracenar com os grandes ícones do expressionismo alemão e do varejo catarinense, como o dramaturgo Roberto Goebbalvim e o cineasta Fritz Hang, o famoso véio da Hamburg. “Será um elenco heróico, nacional, igualmente imperativo, ou então não será nada”, delcarou o dramaturgo Goebbalvim, que já pretende inscrever o filme no grande concurso de arte do décimo sétimo reich.
A película deve ser inteiramente rodada em vídeos de celular e receber legendas em capslock . O roteiro foi escrito a quatro mãos (e nenhum pé ou cabeça) por Olavo de Carvalho e Carlos Bolsonaro e a primeira leitura empolgou Regina: “É um docu-drama em que não se sabe o que é realidade e o que é ficção. Uma mistura entre ‘Fahrenheit 451’, ‘Admirável Mundo Novo e ‘A Praça É Nossa’ com pitadas de psicopatia. Nos remete a uma época mais simples e pura que estamos tentando trazer de volta, quando a gente podia, por exemplo, denunciar jornalista sem nem mesmo investigar. Acho que temos chance de levar a águia de ouro no Festival de Nuremberg”, regozijou a atriz e mais nova burocrata.