04fev2020 | 16h46 | Ciência

Cientistas da Nasa procuram água na água da Cedae

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DIONÍSIO 11 – “Será um pequeno gole para o homem, e um sobressalto gigante para a humanidade.” A frase foi dita pelo astronauta fluminense Wilson Witzel, convocado pela Nasa para fazer a primeira viagem tripulada ao reservatório do Guandu, no Rio de Janeiro, onde fica a principal estação de tratamento de água da Cedae. “Irei ao local para procurar sinais de água na água da Cedae, de forma a provar que ela continua potável, mesmo contendo esgoto, geosmina, detergente, cadáver desovado e doses cavalares de tuítes do vereador Carlos Bolsonaro.”

A viagem rumo ao reservatório do Guandu foi considerada a missão mais arriscada da Nasa desde o pouso de Neil Armostrong e Buzz Aldrin na Lua. “Todos sabem que é mais fácil atravessar os anéis de Saturno do que o anel de balas perdidas da atmosfera carioca”, citou um engenheiro da Nasa que pediu para não ser identificado por medo de sofrer represálias da Polícias Militar, do Comando Vermelho, da milícia de Rio das Pedras, do Escritório do Crime, dos assessores do senador Flávio Bolsonaro, dos decretos do prefeito Marcelo Crivella e dos defensores do filme “Democracia em Vertigem”. “E se passar por todos esses obstáculos, o astronauta ainda terá que pisar na camada geológica às margens do rio Guandu, lugar mais tóxico e radioativo do que as proximidades do Sol ou de um buraco negro.”
A notícia sobre a expedição fez com  que o preço da água mineral despencasse no mercado, derrubando as bolsas de Nova Iguaçu, São João do Meriti, Duque de Caxias e Ilha do Governador, onde o litro já era vendido pelo mesmo preço do barril de petróleo tipo Brent. O meio científico carioca, em compensação, recebeu com empolgação a novidade e colocou em pausa programas de pesquisa como os que exploravam maneiras de cozinhar macarrão usando Gatorade e técnicas para tomar banho usando as próprias lágrimas.