O novo CEO deve ter um bom trânsito na ponte aérea Brasília-Rio das Pedras

12fev2020 | 16h21 | Rio de Janeiro

Fila para vaga no Escritório do Crime congestiona região do Vivendas da Barra

A+ A- A

CV (CURRICULIM VITAE) – “Isso mostra que a economia está se reerguendo, vagas estão abrindo e os números estão melhorando”, comentou o ministro Paulo Guedes, a respeito da enorme fila, formada em frente ao condomínio Vivendas da Barra, por pessoas interessadas em ocupar o cargo de CEO do Escritório do Crime, a famosa start-up especializada em assassinato por aluguel no Rio de Janeiro. A vaga foi aberta recentemente em função da morte do miliciano Adriano da Nóbrega – que teve uma sólida carreira à frente do Escritório, chegando a ser homenageado, em 2005, com uma Medalha Tiradentes pelo então deputado estadual Flávio Bolsonaro. “São brasileiros que estão atrás de uma oportunidade justa em um mercado competitivo que só cresce, diferente de alguns parasitas que passam em concurso público para viver da mamata”, continuou Guedes.

Segundo especialistas, a chamada “uberização da economia” é a tendência que chegou agora ao mundo do crime – e que explica o boom de interessados. “Perceba que muitos profissionais dali são os chamados ‘assassinos de aluguel’, ou seja, não são fixos, não seguem o regime CLT que tanto engessa a economia e alija o empresariado”, explicou um economista da Fiesp que preferiu permanecer anônimo e já se encontra no programa de proteção à testemunha. Os interessados no cargo devem mostrar que têm experiência com rachadinha, extorsão e gatonet, além de preencher uma ficha com ao menos 37 números de telefone celular para contato.

O Escritório do Crime também anunciou que os próximos passos do processo seletivo devem ser mediados por um aplicativo, batizado de LinkedCrim, que já está disponível na intranet da Alerj e do Senado. Em entrevista à revista “Terça Livre Negócios”, executivos da holding indicaram que não devem fazer uso de um headhunter para busca do CEO. “Até porque de headhunter o Escritório já está cheio, né?”, completou o empresário Fabricinho de Rio das Pedras.