MARGINAL – “É claro que não estou sugerindo que isso aconteça de uma hora pra outra. Eles têm que vencer uma eleição, para síndico do prédio, por exemplo, e aí sim, logo em seguida, aumentar o próprio salário”, afirmou o prefeito de São Paulo, Bruno Covas. A resposta veio em reação à informação, inédita para Covas, de que os idosos com idades entre 60 e 65 anos – que perderam a gratuidade no transporte público dias depois de o prefeito sancionar um aumento no próprio vencimento – não têm o poder de resolver a questão salarial da mesma maneira. “Não têm ônibus? Pois que andem de Uber”, complementou Covas em visita oficial ao Palácio de Versalhes.
A assessoria de imprensa do prefeito tucano tentou apaziguar os ânimos com um comunicado divulgado horas após a declaração. “O corte na gratuidade se trata na verdade de um lockdown democrático. Dessa maneira nós não tiramos o direito de ir e vir dos idosos, que são grupo de risco, apenas cobramos por isso”, explica a nota.
Em paralelo, fontes indicam que Covas pretende cortar também a merenda das escolas municipais para sancionar um segundo aumento em seu salário, esse na ordem de 573%. “A ideia é fazer o paulistano ter orgulho de ter um prefeito que ganha mais que o Jorge Paulo Lemann. O funcionalismo público precisava de um símbolo desses”, comentou o prefeito.