Cunha chegou a ser cotado para a Conselho de Ética e Jogo Limpo enquanto Temer negou vaga na Comissão de Carisma - Foto: Renato Costa/Folhapress
Após sentir falta de Temer, brasileiro fica saudoso de Eduardo Cunha
COMPLEXO DE ESTOCOLMO – Após passar dois anos bradando “Volta, Temer!”, o brasileiro acordou atordoado diante da triste realidade de que também sentirá falta de Eduardo Cunha. A saudade – essa palavra bem brasileira, assim como o MDB – passou a bater forte no coração hoje pela manhã, depois que o novo presidente da Câmara, Arthur Lira, nomeou a deputada Bia Kicis para a CCJ e ameaçou colocar a pastora Floredelis, ré pela morte do marido, à frente da Secretaria da Mulher.
A saudade de Eduardo Cunha fez com que o MPF criasse uma força-tarefa de psicólogos em Curitiba, suprindo assim o vácuo deixado pela dissolução da força-tarefa curitibana da Lava Jato. “Nossa missão será desmontar o mecanismo que leva às cinco fases do luto, de forma que o brasileiro possa sentir repulsa do Arthur Lira sem precisar ter saudades do Cunha”, disse via apresentação de Powerpoint o terapeuta jurídico Lacan Dallagnol, estudioso do Complexo de Moro.
Cientistas comportamentais temem que essa nova mutação possa desencadear uma sequência desastrosa de eventos. Depois de Cunha e Temer viria a nostalgia da Era Sarney e dos anos Collor, seguida por lembranças boas de shows do Biquini Cavadão e assim infinitamente, até chegar à época de temperaturas amenas do Big Bang, o evento que marca a origem do universo. “Embora haja muita gente no Brasil que acredite que o universo tenha começado na ditadura”, comentou o procurador Lacan.
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