AI-17 – “Naquele ano o Brasil tava sofrendo ameaça comunista do Jango. Agora tem ameaça comunista do João Dória, tá ok? Então não dei um golpe contra o Censo, foi uma contrarrevolução.” Foi dessa forma que o presidente Jair Bolsonaro anunciou o fim do Censo, que deveria ser feito em 2021 para nortear as futuras políticas públicas do país. Sem ele, todas as decisões do governo federal passarão a ser tomadas tendo como base os dados do Brasil em 1964.

A decisão da suspensão da pesquisa nacional aconteceu para minimizar o risco  do presidente cometer crime de responsabilidade por extrapolar o orçamento aprovado pelo congresso. Foram considerados cortes em emendas para parlamentares do centrão, diminuição de gastos em férias para o Bolsonaro, diminuição dos passeios de jet ski no lago Paranoá e até mesmo a redução no consumo de leite condensado. Porém, no final das contas, o presidente decidiu pôr fim ao estudo que acontece a cada dez anos.

“Esse negócio de ficar perguntando muito as coisas, querendo saber dos problemas, parece coisa de terapia. E a gente sabe que terapia leva a pederastia e isso eu não vou admitir!”, resumiu Bolsonaro.