Questionado sobre a situação de Bolsonaro em Haia, o ministro Paulo Guedes respondeu: "Haia? É lugar de off shore isso daí?"
30dez2021 | 11h36 | Brasil
Tribunal de Haia interrompe recesso para dar conta de novas violações de Bolsonaro
FELIZ ANO VELHO – Genocídio das populações indígenas, sabotagem de vacinação, incêndios na Amazônia, incentivo a garimpo em Unidades de Conservação, homofobia, racismo e desumanidade. Esses são alguns dos títulos das pastas que se empilham nas mesas dos responsáveis pelo acompanhamento do caso do presidente Jair Bolsonaro no Tribunal Penal Internacional de Haia.
A corte, que é responsável pelos julgamentos de casos de violação dos direitos humanos, teve que interromper seu recesso de fim de ano para voltar a analisar os crimes de Bolsonaro. O completo descaso pela situação dramática da Bahia levou a crise para um novo nível. “A equipe está completamente sobrecarregada”, disse um porta voz da instituição. “Esse volume de trabalho é enorme e talvez tenhamos que abrir novas frentes de contratação para dar conta.”
A notícia foi comemorada pelo ministro Paulo Guedes, que contou os novos postos de trabalho como se fossem criados por seu ministério. Guedes aproveitou também para abrir uma off shore em Haia com a justificativa de que assim pode acompanhar o caso de perto.
A reportagem tentou fazer contato com Bolsonaro em diversas ocasiões, mas, segundo a assessoria do Palácio do Planalto, o presidente encontrava-se ocupado andando de jetski, pescando em área de preservação, jogando baralho, caçando e comendo pastel, pizza e churrasco.
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