Meu amigo Joey Altruda, um grande músico e arranjador, me apresentou meses atrás Lenny Breau. Aquilo acabou comigo desde então. Ouço sempre suas gravações. Vale a pena conferir o maravilhoso documentário que a filha dele fez sobre ele, contando sobre a sua estranha vida e morte.
Muitas das partes de guitarra são absolutamente incompreensíveis pra mim, o que ele faz com os harmônicos é musical e não soa como um músico querendo se mostrar por nada, É um gênio. Talvez, pelo fato de ser canadense, não tenha conseguido o reconhecimento que merecia em vida.
Infelizmente, meu primeiro texto aqui tratava das perdas terríveis do Emílio Santiago e Nenê dos Incríveis. E é horrível fazer um segundo texto que trata também de perda. Mas não posso deixar de comentar a morte de Marku Ribas, um dos maiores talentos que esse país já teve. Marku era musicalidade pura, a música fluía dele quando falava, andava, dançava; Marku era música.
Encontrei ele na rua em São Paulo, saímos, tomamos café, conversamos. Ele estava cheio de planos, ia atuar num filme, queria gravar coisas novas. Talento puro, espírito livre, musicalidade expansiva, Marku vai fazer falta. A música fica.
Esse clipe é interessante com ilustrações de Edna Lopes.