A piauí chega com um conjunto de reportagens e artigos sobre as eleições e suas consequências. Ana Clara Costa faz o perfil de Ricardo Stuckert, o fotógrafo oficial de Lula há duas décadas, que teve participação singular na campanha (O fotógrafo). Breno Pires mostra como o PT enfrentou a milícia digital bolsonarista e reuniu dados para ingressar com uma ação judicial bastante sólida no Tribunal Superior Eleitoral (“O show de Jair”). Entre o primeiro e o segundo turnos, Camille Lichotti fez uma visita a Seropédica, cidade ultraevangélica da Baixada Fluminense, e relata como a população lidou com a tempestade de mentiras da campanha (No império das fake news).

João Batista Jr. conta o calvário de Raquel Lyra, governadora eleita de Pernambuco, que ficou viúva no dia do primeiro turno (No meio, o luto). João Moreira Salles analisa o voto dos pobres diante da cachoeira de benefícios financeiros despejados pelo governo antes da eleição (En mi hambre mando yo).

No pós-eleitoral, Bernardo Esteves acompanhou Lula na Conferência do Clima no Egito, e faz um relato do tratamento de estadista que o presidente eleito recebeu e do alívio global com a volta do Brasil à mesa das negociações sobre a questão ambiental (A COP de Lula).

Nos trinta anos do primeiro impeachment presidencial do Brasil desde a restauração do regime democrático em 1985, Rafael Mafei demonstra que a agonia de Fernando Collor ainda é um roteiro pedagógico sobre o que leva um governo ao colapso (Exumação de uma Presidência).

Para reafirmar que a política também pode fazer rir, Tati Bernardi dá detalhes bem-humorados de um delicado relacionamento familiar (Como amar um pai bolsonarista) e, em grande estilo, The BolsozApp Herald, ausente de nossas páginas desde janeiro de 2021, volta agora para se despedir do governo Bolsonaro. Está impagável.

E, assim, encerramos nosso cardápio de política – mas não a edição, que conta ainda com o seguinte:

* Marcelo Leite narra a batalha – bem-sucedida – dos estados norte-americanos do Oregon e do Colorado para autorizar o uso de fungos psicodélicos para adultos (Cogumelos livres);

* Thallys Braga faz o perfil de Rico Dalasam, o primeiro rapper gay a ganhar projeção no Brasil (“Tá ligado?”);

* Piero Trellini fala de suas lembranças da inesperada vitória do seu país, a Itália, contra o Brasil, na Copa de 1982 (“O Brasil somos nós”).

* Em texto ficcional, Martha Batalha visita as pequenas e grandes catástrofes familiares (É um dom que você tem, Fernando).

Na seção Despedida, desta vez com cinco páginas, Thallys Braga dá adeus à cantora Gal Costa (Gal, para sempre legal).

Boa leitura!

André Petry
Diretor de redação