No discurso que a presidente Dilma Rousseff fez no Congresso no dia 1º de janeiro de 2015, ela defendeu o lema “Pátria Educadora”: “Democratizar o conhecimento significa universalizar o acesso a um ensino de qualidade em todos os níveis, da creche à pós-graduação (…) Vamos continuar expandindo o acesso às creches e pré-escolas”.
Nesta segunda-feira, o Ministério da Educação publicou o Censo Escolar de 2015.
Na comparação com os dados do ano anterior, conclui-se que somente uma das fases citadas pela presidente efetivamente teve aumento no número de matrículas nos dois últimos anos: as creches. Caíram as matrículas na pré-escola, nos anos iniciais e finais do Ensino Fundamental e no Ensino Médio.
Em 2014, no Ensino Básico Regular das escolas públicas, havia um total de 35,97 milhões de matrículas. No ano passado, foram 35,14 milhões – 826 mil a menos. A queda foi, portanto, de 2,3%. Veja abaixo o detalhamento:
CRECHES
Em 2014: 1,82 milhão de matrículas.
No ano passado: 1,92 milhão (5,7% a mais).
PRÉ-ESCOLA
Em 2014: 3,67 milhões.
No ano passado: 3,65 milhões (0,5% a menos).
ANOS INICIAIS DO ENSINO FUNDAMENTAL
Em 2014: 12,69 milhões.
No ano passado: 12,41 milhões (2,2% a menos).
ANOS FINAIS DO ENSINO FUNDAMENTAL
Em 2014: 10,7 milhões.
No ano passado: 10,3 milhões (3,8% a menos)
ENSINO MÉDIO
Em 2014: 7 milhões.
No ano passado: 6,8 milhões (3,1% a menos)
Mas essa queda tem alguma relação com mudanças nos índices demográficos do Brasil?
Comparando dados do IBGE e do MEC e levando em consideração a idade correta para cursar cada série, vimos que:
1- Nos anos finais do Ensino Fundamental e no Ensino Médio, as matrículas caem num ritmo maior do que a taxa de natalidade.
2- No Ensino Infantil e nos anos inicias do Ensino Fundamental, é o contrário. A natalidade cai numa taxa maior do que o número de matrículas.
Mas, para analisar as razões da queda geral de matrículas que identificamos, muitos outros critérios podem ser observados, entre eles a repetência.

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