Em entrevista na rádio CBN na quinta-feira (17/03), o governador Geraldo Alckmin (PSDB-SP) falou sobre o financiamento de campanhas eleitorais e as denúncias de caixa 2 que envolvem diferentes partidos. A Lupa checou algumas informações. Alckmin disse, por exemplo, que:
“Todas as minhas campanhas eleitorais foram […], aliás, até campanhas modestas comparativamente às demais campanhas”
De acordo com dados do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), a campanha de Geraldo Alckmin (PSDB) para governador de São Paulo, em 2014, foi a segunda mais cara entre os candidatos ao cargo. O tucano declarou ter gasto R$ 40,394,332.54 no pleito. A campanha mais cara foi a de Alexandre Padilha, do PT, que custou R$ 47,9 milhões. Em terceiro lugar, aparece Paulo Skaf, do PMDB, com despesas de R$ 29,19 milhões. Dentre os nove candidatos a governador, Raimundo Sena, do PCO, foi o que menos gastou: R$ 1.218,33.
Já em 2010, Alckmin foi o que mais teve despesas entre os nove candidatos a governador de São Paulo. Ele declarou um custo de R$ 34,221,236.96, segundo dados do TSE. Em segundo lugar aparece a campanha de Aloizio Mercadante (PT), que custou 20,2 milhões e a de Skaf, 18,2 milhões.
Procurado, o governador Geraldo Alckmin explicou que não disse que sua campanha tinha sido a mais barata. Em nota, o tucano disse que suas campanhas foram mais modestas que “a da ex-presidente Dilma Rousseff, em 2014, que custou R$ 318 milhões” e também que a do governador de Minas Gerais, Fernando Pimentel que custou R$ 52,2 milhões. O governador explicou que o investimento de sua candidatura em 2014 “teve um total de gastos de R$ 40,39 milhões, montante inferior aos R$ 90 milhões estabelecido como teto pela Justiça Eleitoral” e que “as campanhas eleitorais do PSDB seguem rigorosamente as normas legais e os tetos estabelecidos por lei”. Confira a nota.
O governador também falou sobre os problemas na previdência brasileira e citou dados da situação dos funcionários do estado de São Paulo. Alckmin afirmou que:
“Aqui em São Paulo nós já fizemos a nossa reforma no estado em 2013, então todos os novos funcionários só vão aposentar com o teto do INSS, acima disso é uma previdência complementar”
O governador estava se referindo ao que foi instituído pela Lei 14.653. Essa lei determina que os novos servidores do estado só poderão se aposentar recebendo no máximo o teto previsto pelo INSS, que atualmente é de R$ 5.531,31.
O servidor que quiser se aposentar com renda superior a esse valor precisa contribuir com a Fundação de Previdência Complementar do Estado de São Paulo (SP-PREVCOM), vinculada à Secretaria de Fazenda, criada na mesma lei. Essa reforma, porém, foi sancionada por Alckmin em 2011 e funciona para os servidores que entraram para o serviço no estado a partir de 2013.

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