Os eleitores ainda terão que voltar às urnas para decidir o futuro presidente da República. Contudo, o poder legislativo já tem seus nomes definidos para os mandatos que se iniciam em 2019. A partir do ano que vem, 21 partidos irão compor o Senado – seis a mais do que na atual legislatura. O senador Reguffe, eleito em 2014 pelo DF, segue sem partido.
Nesta eleição, 33 senadores tentaram se reeleger. Só oito conseguiram. Ficaram de fora nomes conhecidos da política nacional, como Lindbergh Farias (PT-RJ), Ricardo Ferraço, Magno Malta (PR-ES), Romero Jucá (MDB-RR) e até o atual presidente do Senado, Eunício Oliveira (MDB-CE). Entre os reeleitos aparecem Ciro Nogueira (PP-PI), Jader Barbalho (MDB-PA) e Renan Calheiros (MDB-AL) – os três foram denunciados pela Procuradoria-Geral da República por conta da Operação Lava-Jato. Completam a lista os que renovaram seus mandatos: Eduardo Braga (MDB-AM), Humberto Costa (PT-PE), Paulo Paim (PT-RS), Randolfe Rodrigues (Rede-AP) e Sergio Petecão (PSD-AC).
Mas, segundo o site do Senado Federal, a renovação na Casa chegou a 85% nesta eleição – a maior desde a democratização. Das 54 vagas disponíveis, 42 serão ocupadas por políticos que nunca se elegeram senadores. Mas quem são eles? Veja abaixo os novos – e nem tão novos assim – nomes do Senado Federal:
Os novatos
Dez senadores foram escolhidos para um cargo eletivo pela primeira vez em 2018. Eles não tinham carreira política até então. São eles:
Leila do Vôlei (PSB-DF)
Eduardo Girão (PROS-CE)
Marcos do Val (PPS-ES)
Juíza Selma Arruda (PSL – MT)
Soraya Thronicke (PSL – MS)
Carlos Viana (PHS – MG)
Prof. Oriovisto (Podemos-PR)
Capitão Styvenson (Rede -RN)
Delegado Alessandro (Rede – SE)
Fabiano Contarato (Rede-ES)
Os políticos de carreira
Dos 54 eleitos ao Senado, 21 têm mandato a cumprir na Câmara, nos legislativos estaduais ou municipais ou no Executivo até o fim de 2018:
Rodrigo Cunha (PSDB -AL): deputado estadual em Alagoas
Jorge Kajuru (PRP -GO): vereador em Goiânia
Weverton Rocha (PDT – MA): deputado federal pelo Maranhão
Eliziane Gama (PPS – MA): deputada federal pelo Maranhão
Rodrigo Pacheco (DEM – MG): deputado federal por Minas Gerais
Zequinha Marinho (PSC – PA): vice- governador do Pará
Veneziano (PSB – PB): deputado federal pela Paraíba
Daniella RIbeiro (PP – PB): deputada estadual pela Paraíba
Jarbas (MDB – PE): deputado federal por Pernambuco
Marcelo Castro (MDB – PI): deputado federal pelo Piauí
Flávio Bolsonaro (PSL-RJ): deputado estadual pelo Rio de Janeiro
Arolde de Oliveira (PSD – RJ): deputado federal pelo Rio de Janeiro
Zenaide Maia (PHS – RN): deputada federal pelo Rio Grande do Norte
Luís Carlos Heinze (PP-RS): deputado federal pelo Rio Grande do Sul
Marcos Rogério (DEM – RO): deputado federal por Rondônia
Mecias de Jesus (PRB -RR): deputado estadual por Roraima
Esperidião Amin (PP-SC): deputado federal por Santa Catarina
Jorginho Mello (PR-SC): deputado federal por Santa Catarina
Major Olímpio (PSL-SP): deputado federal por São Paulo
Mara Gabrilli (PSDB-SP): deputada federal por São Paulo
Irajá (PSD – TO): deputado federal por Tocantins
Os bumerangues
Entre os eleitos também há aqueles que não cumprem mandato eletivo atualmente, mas já são velhos conhecidos na política nacional ou em seus estados. Eles já integraram o Executivo e até se elegeram em cargos anteriores. Mas andavam “sumidos” nos últimos tempos – e voltaram agora. São 15, no total:
Márcio Bittar (MDB – AC): deputado federal e estadual pelo Acre
Lucas Barreto (PTB – AP): deputado estadual do Amapá e vereador de Macapá
Plínio Valério (PSDB – AM): vereador de Manaus
Jaques Wagner (PT-BA): deputado federal pela Bahia, Ministro do Trabalho e Emprego, Ministro-chefe da Secretaria de Relações Institucionais, Governador da Bahia, Ministro da Defesa, Ministro-Chefe da Casa Civil e Secretário Estadual de Desenvolvimento Econômico
Ângelo Coronel (PSD -BA): deputado estadual pela Bahia e prefeito de Coração de Maria
Izalci (PSDB -DF): deputado federal pelo Distrito Federal
Cid Gomes (PDT-CE): deputado estadual pelo Ceará, prefeito de Sobral, governador do Ceará e Ministro da Educação
Vanderlan (PP -GO): prefeito de Senador Canedo
Jayme Campos (DEM -MT): prefeito de Várzea Grande, senador por Mato Grosso e governador do Mato Grosso
Nelsinho Trad (PTB – MS): vereador de Campo Grande, deputado estadual de Mato Grosso do Sul e prefeito de Campo Grande
Flavio Arns (Rede-PR): deputado federal pelo Paraná, secretário da Educação do Paraná e vice-Governador do Paraná
Chico Rodrigues (DEM – RR): vereador de Boa Vista, deputado federal por Roraima, vice-governador de Roraima e governador de Roraima
Rogério Carvalho (PT – SE): deputado estadual e federal de Sergipe.
Eduardo Gomes (SD – TO): deputado Federal do Tocantins
Confucio Moura (MDB -RO): governador de Rondônia
Bancada feminina pode diminuir
De acordo com o site do Senado, a bancada feminina pode diminuir na próxima legislatura. Atualmente, são 13 senadoras no Congresso Nacional, mas só cinco delas ainda seguirão com seus mandatos a partir do ano que vem. Entre as senadoras está Fátima Bezerra que está no segundo turno das eleições para governador do Rio Grande do Norte. Caso seja eleita, o número de mulheres que permaneceram no Senado cai para quatro.
Em 2019, sete candidatas foram eleitas e uma suplente, Mailza Gomes (PSDB-AC), irão assumir suas cadeiras no poder legislativo. Se Fátima Bezerra não retornar, serão 12 senadoras a partir do ano que vem.
MDB terá a maior bancada
O partido que mais elegeu senadores neste ano foi o MDB, com sete. Assim, a bancada da sigla será a maior da Casa a partir de 2019, com 12 senadores – cinco eleitos em 2014. Em segundo lugar entre as legendas com mais eleitos em 2018 estão a Rede e o PP, com cinco senadores cada. O PSL, partido de Jair Bolsonaro, terá quatro senadores – nas últimas duas eleições, não tinha conquistado nenhuma vaga.
Editado por: Natália Leal
O conteúdo produzido pela Lupa é de inteira responsabilidade da agência e não pode ser publicado, transmitido, reescrito ou redistribuído sem autorização prévia.
A Agência Lupa é membro verificado da International Fact-checking Network (IFCN). Cumpre os cinco princípios éticos estabelecidos pela rede de checadores e passa por auditorias independentes todos os anos
Leia também
- 2019
- 2018
- 2017
- 2016
- 2015
- dezembro (65)
- novembro (74)
- outubro (117)
- setembro (69)
- agosto (64)
- julho (37)
- junho (37)
- maio (40)
- abril (32)
- março (49)
- fevereiro (21)
- janeiro (29)
- dezembro (27)
- novembro (22)
- outubro (23)
- setembro (26)
- agosto (24)
- julho (20)
- junho (22)
- maio (27)
- abril (22)
- março (19)
- fevereiro (15)
- janeiro (9)