#Verificamos: Projeto Atirador Mirim do Exército não ensina crianças a atirar
Circula nas redes sociais uma “informação” de que o Exército estaria promovendo um projeto denominado Atirador Mirim para ensinar crianças a atirar. A publicação “lembra” que a iniciativa ocorre um mês após o atentado na Escola Estadual Raul Brasil, em Suzano (SP), que resultou na morte de 10 pessoas. Por meio do projeto de verificação de notícias, usuários do Facebook solicitaram que esse material fosse analisado. Confira a seguir o trabalho de verificação da Lupa:
“1 mês após massacre em escola de Suzano, Exército promove projeto Atirador Mirim para ensinar crianças a atirar”
Título de conteúdo publicado nos sites Plantão Brasil e Diário Brasil Online que, até as 15 horas do dia 17 de abril de 2019, tinha mais de 680 compartilhamentos no Facebook
A informação verificada pela Lupa é falsa. Criado pelo Exército em parceria com prefeituras do Brasil, o projeto Atirador Mirim não ensina crianças a atirar, mas pretende estimular os alunos a incorporarem uma rotina de hábitos de higiene bucal, alimentação e atividades físicas mais benéficas à saúde. Além disso, o programa fala às crianças sobre cidadania, ética, civismo, trânsito, meio ambiente, prevenção às drogas, entre outros temas.
A publicação informa que a prefeitura de Itatiba (SP) teria aberto as inscrições para crianças entre 11 e 13 anos participarem do projeto. A prefeitura confirmou que as inscrições para o programa estão abertas, mas ressaltou que as crianças não têm contato com armamento durante as aulas. O órgão comunicou ainda que tentou trocar o nome do projeto para não haver “associação indevida ou que remetesse a um entendimento à utilização de armas”. O Exército, no entanto, negou a mudança, já que se tratava de um nome padrão.
Vale ressaltar ainda que o projeto Atirador Mirim não começou em 2019. Na própria Itatiba, por exemplo, teve início em 2015.
Nota: esta reportagem faz parte do projeto de verificação de notícias no Facebook. Dúvidas sobre o projeto? Entre em contato direto com o Facebook.
Editado por: Natália Leal e Chico Marés
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