#Verificamos: É falso que Jean Wyllys defendeu casamento de muçulmanos com meninas menores de 10 anos
Circula pelas redes sociais a imagem de um tuíte atribuído ao ex-deputado federal Jean Wyllys (PSOL-RJ). Segundo o post, ele teria dito que os brasileiros têm de aceitar a “tradição” de os muçulmanos se casarem com meninas menores de 10 anos. Isso seria “parte da cultura islâmica” e não deveria ser visto como pedofilia. Por meio do projeto de verificação de notícias, usuários do Facebook solicitaram que esse material fosse analisado. Confira a seguir o trabalho de verificação da Lupa:
“Nós brasileiros temos q aceitar a tradição dos muçulmanos de se casarem com meninas menores de 10 anos. Não é pedofilia, é cultura islâmica”
Tuíte atribuído ao ex-deputado federal Jean Wyllys em post no Facebook que, até as 13h de 13 de janeiro de 2020, tinha mais de 1,2 mil compartilhamentos
A informação analisada pela Lupa é falsa. Wyllys jamais escreveu o tuíte que aparece na imagem. Trata-se de uma montagem, que começou a circular em 2017 e reapareceu recentemente, por conta da crise dos Estados Unidos com o Irã.
O principal sinal de que se trata de uma montagem é o perfil que aparece na imagem, @jeanwyllys. Este endereço é falso e já foi suspenso pelo Twitter. A conta oficial do ex-deputado é outra, @jeanwyllys_real.
Na época em que a imagem começou a circular, Wyllys publicou um texto no Facebook informando se tratar de uma publicação falsa. “Um ‘casamento’ com uma criança é abuso sexual infantil, e é abominável. É óbvio que eu não falei a estupidez que colocaram num print falso que simula ser um tuíte meu e começou a circular hoje nas redes sociais”, escreveu. O ex-deputado também publicou uma sequência de tuítes desmentindo o post.
Uma versão semelhante dessa checagem foi publicada pelo Boatos.org.
Crise no Irã
Em 3 de janeiro, um drone norte-americano matou com um míssil o general iraniano Qassim Suleimani em Bagdá, no Iraque. Dias depois, em retaliação, o Irã atacou duas bases de soldados americanos e iraquianos. Um avião ucraniano com 176 pessoas a bordo foi derrubado perto de Teerã por um míssil iraniano que, segundo autoridades do país, teria sido disparado por engano. Com a escalada de tensão entre os dois países, informações falsas sobre o conflito passaram a circular na internet.
Nota: esta reportagem faz parte do projeto de verificação de notícias no Facebook. Dúvidas sobre o projeto? Entre em contato direto com o Facebook.
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