#Verificamos: Modesto Carvalhosa não protocolou pedido de intervenção militar no STF e nos governos estaduais
Circula nas redes sociais que o advogado Modesto Carvalhosa protocolou um pedido de intervenção militar no Supremo Tribunal Federal (STF) e nos governos estaduais. Por meio do projeto de verificação de notícias, usuários do Facebook solicitaram que esse material fosse analisado. Confira a seguir o trabalho de verificação da Lupa:
“O bicho agora vai pegar. Jurista Modesto Carvalhosa protocola junto as Forças Armadas (sic), pedido de intervenção do STF e dos governos dos estados”
Imagem publicada no Facebook que, até as 13h do dia 13 de março de 2020, tinha sido compartilhada por mais de 15 mil pessoas
A informação analisada pela Lupa é falsa. Em sua conta no Twitter, Carvalhosa negou que tenha assinado qualquer documento com este teor. “Tem circulado petição eletrônica, com minha assinatura, que requer ao presidente Bolsonaro a intervenção das Forças Armadas em decorrência da pandemia. Não redigi essa petição, não assinei essa petição, não autorizei que ninguém apusesse minha assinatura em tão rematado absurdo”, escreveu.
Tem circulado petição eletrônica, com minha assinatura, que requer ao Presidente Bolsonaro a intervenção das Forças Armadas em decorrência da pandemia.
Não redigi essa petição, não assinei essa petição, não autorizei que ninguém apusesse minha assinatura em tão rematado absurdo.— Modesto Carvalhosa (@CarvalhosaMo) April 7, 2020
O que, de fato, aconteceu é que o advogado Luís Carlos Crema apresentou um requerimento solicitando “intervenção da União, mediante ação das Forças Armadas” em estados e municípios que atuem de forma mais incisiva no combate à Covid-19, doença causada pelo novo coronavírus (SARS-CoV-2). Não há nenhum pedido de intervenção no STF.
Crema argumenta que os decretos determinando o fechamento do comércio e de outras atividades em determinadas partes do país “violaram a Constituição da República e invadiram a competência do Congresso Nacional, da Presidência da República e do Ministério de Estado da Saúde”.
O pedido traz algumas informações flagrantemente falsas. É dito, por exemplo, que o decreto que instituiu a quarentena no estado de São Paulo “causou colapso no sistema de abastecimento” e que o SARS-CoV-2 é um vírus “não letal para a população em geral”.
Algumas versões do conteúdo analisado pela Lupa incluem também o desembargador Laércio Laurelli. Ele negou, em suas redes sociais, “ter assinado essa esdrúxula proposição”. Em 2019, Carvalhosa e Laurelli assinaram um pedido de impeachment do ministro do STF Gilmar Mendes junto com Crema.
Esse conteúdo também foi verificado pelo Boatos.org.
Nota: esta reportagem faz parte do projeto de verificação de notícias no Facebook. Dúvidas sobre o projeto? Entre em contato direto com o Facebook.
Editado por: Maurício Moraes
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