#Verificamos: Vídeo que mostra fraude de votos foi feito na Rússia, não nos Estados Unidos
Circula pelas redes sociais um vídeo que mostra pessoas inserindo várias cédulas em uma urna. A legenda que acompanha a gravação afirma que a ação se tratava de uma fraude nas eleições americanas, já que funcionários do setor de votação estariam manipulando os votos. Por meio do projeto de verificação de notícias, usuários do Facebook solicitaram que esse material fosse analisado. Confira a seguir o trabalho de verificação da Lupa:
“MAIS UMA FRAUDE NOS EUA. FUNCIONÁRIOS DO SETOR DE VOTAÇÃO COLOCAVA DEZENAS DE CÉDULAS PREENCHIDAS DENTRO DAS URNAS”
Legenda de vídeo compartilhado no Facebook que, até às 14h do dia 10 de novembro de 2020, tinha sido compartilhado mais de 300 pessoas no Facebook
A informação analisada pela Lupa é falsa. Na realidade, o vídeo foi gravado em 2018 e mostra pessoas tentando fraudar as eleições da Rússia. O caso foi relatado em uma reportagem do jornal The Washington Post, que informou que houve outros episódios de fraudes filmados naquele ano. “Os vídeos vieram de Moscou, Extremo Oriente, Chechênia e Daguestão – entre outros lugares. Alguns desses atos foram tão flagrantes que os resultados de várias dessas estações foram anulados”, disse o jornal.
O Washington Post informou ainda que, após a divulgação do vídeo analisado pela Lupa, a votação naquela região foi cancelada. Em 2018, o presidente Vladimir Putin foi reeleito com 76% dos votos, ganhando de seu concorrente com uma margem de mais de 60 pontos porcentuais.
Além disso, o vídeo também mostra alguns elementos que comprovam que a gravação foi feita na Rússia. Na urna que aparece nas imagens, por exemplo, é possível ver o brasão de armas russo. O símbolo mostra uma águia com duas cabeças e asas abertas.
Nos Estados Unidos, esse vídeo circulou pelas redes sociais afirmando tratar-se de fraudes nos votos em Michigan, um dos estados que contribuíram para a eleição de Joe Biden como presidente. No exterior, o conteúdo foi desmentido pelo Politifact. No Brasil, o Aos Fatos também verificou o post.
Nota: esta reportagem faz parte do projeto de verificação de notícias no Facebook. Dúvidas sobre o projeto? Entre em contato direto com o Facebook.
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