#Verificamos: Palocci não disse que urnas eletrônicas foram trazidas para o Brasil para favorecer partidos de esquerda
Circula nas redes sociais que o ex-ministro da Fazenda Antonio Palocci disse, em depoimento, que as urnas eletrônicas foram trazidas para o Brasil “com o objetivo de fraudar as eleições em benefício dos partidos de esquerda”. Por meio do projeto de verificação de notícias, usuários do Facebook solicitaram que esse material fosse analisado. Confira a seguir o trabalho de verificação da Lupa:
“Nós trouxemos doutor, as urnas eletrônicas para o Brasil. Com objetivo de fraudar as eleições em benefício, de todos os partidos de esquerda”
Frase atribuída ao ex-ministro Antonio Palocci em montagem publicada no Facebook que, até as 21h do dia 23 de novembro de 2020, tinha 240 compartilhamentos.
A informação analisada pela Lupa é falsa. Não há no termo de delação do ex-ministro da Fazenda Antonio Palocci qualquer referência a possíveis fraudes a urnas eletrônicas. Tampouco há qualquer referência a fraudes às urnas nos anexos da delação, publicados pelo jornal O Estado de S.Paulo em 2019. Esse documento lista 39 depoimentos dados pelo ex-ministro às autoridades.
As urnas eletrônicas não foram implementadas nos governos do PT, do qual Palocci fez parte. O equipamento começou a ser usado ainda nas eleições de 1996. Na época, o presidente era Fernando Henrique Cardoso (PSDB). O PT, na época, fazia oposição. Palocci foi nomeado ministro da Fazenda em 2003, pelo ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, sendo exonerado em 2006. Ele voltou à Esplanada, como ministro-chefe da Casa Civil em 2011, na gestão de Dilma Rousseff (PT). Contudo, deixou o cargo poucos meses depois.
A Lupa já checou outra peça de desinformação com conteúdo semelhante e que circulou pelas redes sociais em outubro de 2018, durante a eleição presidencial.
Nota: esta reportagem faz parte do projeto de verificação de notícias no Facebook. Dúvidas sobre o projeto? Entre em contato direto com o Facebook.
Editado por: Chico Marés
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