#Verificamos: Homem que aparece gritando em vídeo não foi expulso de voo por ser um dos invasores do Capitólio
Circula nas redes sociais um vídeo que mostra um homem gritando em inglês com funcionários de um aeroporto. A legenda afirma que a pessoa em questão foi incluída na chamada lista “no-fly” por ter participado da invasão do Capitólio, em Washington, no último dia 6. Por WhatsApp, leitores da Lupa sugeriram que esse conteúdo fosse analisado. Confira a seguir o trabalho de verificação:
“Invasores do Capitólio descobrem que não podem embarcar porque foram incluídos numa lista no-fly enquanto são investigados. Um deles histérico berra; ‘eles estão me chamando de terrorista!’”
Vídeo que circula no WhatsApp
A informação analisada pela Lupa é falsa. O homem que aparece no vídeo foi impedido de voar porque não usava máscara, e não porque estava em uma lista do governo norte-americano de pessoas proibidas de voar. Além disso, ele não disse ter sido chamado de “terrorista”, e sim de “Karen”, nome que se tornou termo pejorativo usado para se referir a mulheres brancas nos Estados Unidos.
Segundo a CNN, o vídeo foi publicado originalmente no TikTok, no último dia 9, por uma usuária chamada Tania Domínguez, que, à época, usava o apelido @heartlessputa — informação que é visível no próprio vídeo. Na legenda, ela diz que o passageiro deu um “piti” porque “mandaram que ele usasse máscara”. No dia seguinte, um usuário americano no Twitter republicou o mesmo vídeo, dizendo que se tratavam de terroristas que invadiram o Capitólio e tinham sido incluídos na chamada lista “no-fly”, de pessoas proibidas de entrar em aviões pelo governo americano. Essa versão teve mais de 20 milhões de visualizações no Twitter.
Em 12 de janeiro, a companhia aérea American Airlines confirmou ao jornal USA Today que o passageiro foi removido de um voo por não usar máscara, e não por estar na lista “no-fly”. O episódio ocorreu no dia 8, no aeroporto de Charlotte, na Carolina do Norte. Não há indícios de que ele fosse um dos invasores do Capitólio.
Esta verificação foi sugerida por leitores através do WhatsApp da Lupa. Caso tenha alguma sugestão de verificação, entre em contato conosco pelo número +55 21 99193-3751.
Editado por: Marcela DuarteO conteúdo produzido pela Lupa é de inteira responsabilidade da agência e não pode ser publicado, transmitido, reescrito ou redistribuído sem autorização prévia.
A Agência Lupa é membro verificado da International Fact-checking Network (IFCN). Cumpre os cinco princípios éticos estabelecidos pela rede de checadores e passa por auditorias independentes todos os anos
A Lupa está infringindo esse código? Clique aqui e fale com a IFCN
Leia também
Fale com a redação no lupa@lupa.news
Sugestão de Checagem?
Quero ser um checador
Política de correção
- 2022
- 2021
- 2020
- 2019
- 2018
- 2017
- 2016
- 2015
- dezembro (64)
- novembro (73)
- outubro (63)
- setembro (69)
- agosto (67)
- julho (74)
- junho (69)
- maio (97)
- abril (65)
- março (72)
- fevereiro (63)
- janeiro (68)
- dezembro (70)
- novembro (244)
- outubro (168)
- setembro (88)
- agosto (109)
- julho (130)
- junho (181)
- maio (175)
- abril (169)
- março (89)
- fevereiro (50)
- janeiro (56)
- dezembro (55)
- novembro (55)
- outubro (58)
- setembro (59)
- agosto (57)
- julho (57)
- junho (54)
- maio (61)
- abril (65)
- março (57)
- fevereiro (72)
- janeiro (72)
- dezembro (65)
- novembro (74)
- outubro (117)
- setembro (69)
- agosto (64)
- julho (37)
- junho (37)
- maio (40)
- abril (32)
- março (49)
- fevereiro (21)
- janeiro (29)
- dezembro (27)
- novembro (22)
- outubro (23)
- setembro (26)
- agosto (24)
- julho (20)
- junho (22)
- maio (27)
- abril (22)
- março (18)
- fevereiro (15)
- janeiro (9)