#Verificamos: Vídeo de execução de mulher é antigo e não foi gravado no Afeganistão
Circula pelas redes sociais o vídeo de uma mulher sendo executada por um homem na rua, diante de uma pequena aglomeração de pessoas armadas. A legenda afirma que a gravação seria recente e mostraria o grupo extremista Talibã realizando um julgamento sumário no Afeganistão, após a tomada do poder naquele país. Por WhatsApp, leitores da Lupa sugeriram que esse conteúdo fosse analisado. Confira a seguir o trabalho de verificação:
“Afeganistão após a tomada pelo Talibã. Julgamento sumário de uma mulher. Infelizmente isso não causa comoção mundial. Se fosse a derrubada de uma arvore da Amazônia, a ONU e os lacradores estariam viralizando e acusando o governo”
Legenda de vídeo que circula pelo WhatsApp
O vídeo analisado pela Lupa é antigo e não mostra uma execução ocorrida no Afeganistão. Na realidade, as imagens são de novembro de 2015 e registram o assassinato de uma mulher na Síria. O site da ONG Instituto de Pesquisa de Mídia do Oriente Médio (Middle East Media Research Institute, ou Memri, na sigla em inglês) afirma que ela teria sido acusada de prostituição. Reportagens publicadas na época indicam que a execução teria ocorrido a mando de membros da Al-Qaeda.
Embora esse vídeo que circula pelas redes sociais seja antigo, relatos indicam que uma mulher teria sido morta no início de agosto pelo Talibã. A vítima, de 21 anos, teria sido atacada por usar roupas justas e por estar desacompanhada de uma figura masculina.
No último domingo (15), militantes do Talibã conseguiram tomar a capital do Afeganistão. Muitos moradores tentam deixar o país, com medo de possíveis restrições que o grupo decida impor. Na terça-feira (17), o Talibã fez um apelo para a população voltar a sua rotina, prometendo que as restrições contra mulheres, por exemplo, não serão tão severas. Pelo menos três pessoas foram mortas e 12 ficaram feridas, no entanto, após realizarem um protesto contra o grupo na cidade de Jalalabad nesta quarta-feira (18).
Essa informação também foi verificada pelo Fato ou Fake.
Esta verificação foi sugerida por leitores através do WhatsApp da Lupa. Caso tenha alguma sugestão de verificação, entre em contato conosco pelo número +55 21 99193-3751.
Editado por: Maurício MoraesO conteúdo produzido pela Lupa é de inteira responsabilidade da agência e não pode ser publicado, transmitido, reescrito ou redistribuído sem autorização prévia.
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