#Verificamos: É falso que esposa do CEO da Pfizer morreu por complicações da vacina da Covid-19
Circula no WhatsApp que Myriam Bourla, esposa de Albert Bourla, CEO da Pfizer, morreu por complicações após tomar a vacina contra a Covid-19 da farmacêutica em 10 de novembro deste ano. Segundo o site canadense Conservative Beaver, Bourla expressou ceticismo com o imunizante e inicialmente se recusou a tomá-lo. Ela teria cedido e, por isso, foi vítima. Por WhatsApp, leitores da Lupa sugeriram que esse conteúdo fosse analisado. Confira a seguir o trabalho de verificação:
“Myriam Bourla – esposa do CEO da Pfizer, Albert Bourla – morreu de complicações com a vacina contra a Covid-19 na quarta-feira [10 de novembro], de acordo com seu médico. Como muitos outros, Bourla expressou ceticismo com a injeção experimental de seu marido, originalmente se recusando a tomá-la”.
Trecho de texto do site Conservative Beaver que circula no WhatsApp
A informação analisada pela Lupa é falsa. Myriam Bourla não morreu. O CEO da Pfizer publicou no Twitter uma foto com a esposa em uma premiação de líderes do Atlantic Council, evento que ocorreu no dia 10 de novembro – data em que ela teria supostamente falecido, segundo a peça de desinformação. Não foram encontrados também registros na imprensa sobre a morte.
O texto do site Conservative Beaver alega ainda que Bourla se recusou inicialmente a tomar a vacina contra a Covid-19, o que não é verdade. A publicação cita uma entrevista de fevereiro de 2021 ao Scarsdale 10583, site voltado à comunidade de Scarsdale, cidade próxima à Nova York onde o casal morava. Ela disse, na ocasião, que não tomaria a vacina porque ainda não era a sua vez, e não porque não confiava no imunizante. “Só quero comunicar que estou muito orgulhosa por meu marido e pelo trabalho que ele fez. Também estou muito feliz pela humanidade e pela esperança que a vacina trouxe ao mundo. Ainda não tomei a vacina porque ainda não é a minha vez”, disse Bourla ao site comunitário.
Além disso, a vacina da Pfizer não é experimental, como indica o texto analisado. O imunizante foi aprovado em agosto de 2021 pela Food and Drug Administration, agência reguladora de alimentos e medicamentos dos Estados Unidos, após a análise dos “dados de segurança e eficácia de um ensaio clínico em andamento, cego, randomizado e controlado com milhares de indivíduos”. Em dezembro de 2020, a Organização Mundial da Saúde (OMS) já havia aprovado o uso emergencial da vacina. No Brasil, o imunizante teve o seu registro concedido em fevereiro de 2021 pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).
Esta verificação foi sugerida por leitores através do WhatsApp da Lupa. Caso tenha alguma sugestão de verificação, entre em contato conosco pelo número +55 21 99193-3751.
Editado por: Maurício MoraesO conteúdo produzido pela Lupa é de inteira responsabilidade da agência e não pode ser publicado, transmitido, reescrito ou redistribuído sem autorização prévia.
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