O que deveria ser exceção virou regra: 52% dos professores da rede estadual, onde está a maioria dos alunos de ensino médio no Brasil, trabalham com contrato temporário. Em Minas Gerais, são 80%. No Rio de Janeiro, apenas 4%
Tradicionalmente, professores da rede pública são contratados mediante concurso. As contratações temporárias são previstas para situações excepcionais – por exemplo, quando um professor titular se ausenta por motivos de saúde e a escola precisa encontrar um substituto provisório. Alguns estados e municípios, no entanto, flexibilizaram a interpretação da lei, fazendo desses contratos o novo padrão. Eles custam menos ao Estado, mas oferecem menor estabilidade aos professores. Esses contratos costumam durar entre um e três anos e não preveem progressão de carreira. A medida é criticada por especialistas em educação, que veem nisso um enfraquecimento do elo entre os professores e a escola.
Confira aqui o =igualdades completo, que detalha os números do novo Censo e o que ele revela sobre a situação do ensino no Brasil.