A argentina María Kodama, viúva do escritor Jorge Luís Borges, passou seus últimos dias no Loi Suites, um hotel luxuoso no bairro da Recoleta, em Buenos Aires. Morreu no último dia 26 de março, vítima de um câncer de mama, aos 86 anos, a mesma idade em que faleceu Borges – o tipo de coincidência que ela provavelmente apreciaria, escreve Alejandro Chacoff na edição de maio da piauí.
Filha de um químico japonês e uma pianista de ascendência alemã, Kodama estudou literatura na Universidade de Buenos Aires e conheceu Borges na década de 1960. Em 1986, após uma longa relação profissional, os dois atravessaram a fronteira para se casar no Paraguai. Dois meses depois, o escritor morreu em Genebra, e Kodama se tornou a sua herdeira universal.
Contra sua administração férrea da obra de Borges, ela conseguiu unir quase todo o meio literário argentino. Os depoimentos recentes mais favoráveis a seu respeito focam na misoginia que sofreu, mas o seu legado de litígios e intransigências literárias provavelmente deixarão marca maior. Sem testamento encontrado até o momento, o futuro do espólio de Borges segue em aberto.
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