Agora, Carelli recorre a uma campanha de financiamento coletivo para conseguir concluir o filme.Ele conta que “acompanha essa história desde 1988 e considera ter a obrigação moral de desovar esse relato para restabelecer a verdade dos fatos que levaram à situação de hoje”. Recorrendo ao Catarse, pergunta: “Quem outro vai financiar isso, certamente ninguém.”
De fato, conforme comentamos ao escrever sobre o documentário Corumbiara, dirigido por Vincent Carelli em 2009, a via crucis burocrática das leis de incentivo e as distorções resultantes de um modelo de produção baseado em recursos estatais têm se mostrado inadequado para promover a um só tempo qualidade artística, mérito cultural e empenho político – traços distintivos do cinema de Vincent Carelli.
Está à mão de todos, portanto, a oportunidade de demonstrar a viabilidade de formas alternativas de financiamento, assegurando os recursos que ainda faltam para concluir Martírio.
Para colaborar, basta acessar http://catarse.me/pt/kaiowa até 13 de janeiro e juntar-se aos 716 apoiadores que já asseguraram 75% do valor necessário.
Sobre as circunstâncias históricas em que os Guarani Kaiowa foram expropriados de suas terras, as retomadas, o teatro do lobby ruralista no Congresso Nacional e o terrorismo da mídia que chama os índios de “invasores”, leia na imprensa:
Martírio, um filme que o Brasil precisa ver (Carta Capital)
O fio que dá sentido à vida (Folha de S. Paulo)
Para colaborar, acesse http://catarse.me/pt/kaiowa até 13 de janeiro.
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