CRÉDITO: LUIZ FELIPE GONÇALVES_2025
Reizinho desse chão
A trajetória de Arlindo Cruz reverenciada num samba do Império Serrano
Leonardo Lichote | Edição 228, Setembro 2025
Meu lugar talvez tenha sido a canção mais lembrada em meio ao muito que se falou de Arlindo Cruz depois de sua morte, em 8 de agosto, aos 66 anos. Lançada por ele mesmo em 2007, a música é a mais identificada com sua figura como intérprete, a mais representativa de sua imagem nesta era das imagens: O meu lugar/É caminho de Ogum e Iansã/Lá tem samba até de manhã/Uma ginga em cada andar/ […] O meu lugar/É sorriso, é paz e prazer/O seu nome é doce dizer/Madureira, la laiá.
Desde o título, a composição de Mauro Diniz e Arlindo carrega o apelo da identificação de origem que nos toca a todos – em alguns momentos, de maneira especialmente profunda. Foi o que se deu na apresentação do enredo Lugares de Arlindo, com o qual o Império Serrano lhe fez uma homenagem no Carnaval de 2023. Realizado na sede da escola em Madureira, subúrbio do Rio de Janeiro, o evento teve a presença do sambista carioca, que se encontrava numa cadeira de rodas por causa de um AVC sofrido em 2017. Ali, seu filho Arlindinho cantou justamente Meu lugar, com o coro de admiradores aos prantos.
Reportagens apuradas com tempo largo e escritas com zelo para quem gosta de ler: piauí, dona do próprio nariz
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