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    Werner Rydl, no vilarejo Ponta do Mel, no Rio Grande do Norte: ele também criou um banco cuja sede fica em meio às águas do Oceano Atlântico e que utiliza uma moeda chamada Eternity CRÉDITO: RICARDO LABASTIER_2024

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Em alto-mar

As artimanhas criminais de um austríaco que diz ter criado um país em pleno oceano para guardar uma fortuna em ouro

Allan de Abreu | Edição 225, Junho 2025

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Ponta do Mel é um vilarejo espremido entre o mar de tons esverdeados e a Caatinga, no Rio Grande do Norte. Como fica distante das praias mais badaladas do litoral potiguar, é a pesca e não o turismo que garante a sobrevivência da maior parte dos 1,1 mil habitantes. Com seus casebres, o lugar seria mais um entre tantos povoados de pescadores do litoral brasileiro, não fosse por um detalhe exótico: é lá que mora, há dez anos, o austríaco naturalizado brasileiro Werner Rydl, o homem que declarou à Receita Federal um patrimônio assombroso de 100 bilhões de reais. Caso fosse incluído na lista de bilionários divulgada anualmente pela revista Forbes, Rydl seria a terceira pessoa mais rica do Brasil, superada apenas por Eduardo Luiz Saverin, ex-sócio de Mark Zuckerberg na Meta, e de Vicky Sarfati Safra, herdeira da famosa família de banqueiros.

Sentado em uma cadeira na recepção de uma pousada em Ponta do Mel, o austríaco me diz que a maior parte de sua fortuna é constituída por um estoque estratosférico de 306 toneladas de ouro – mais do que o dobro das reservas do Banco Central brasileiro. Quando pergunto a Rydl onde guarda tanto ouro, ele aponta com firmeza o dedo na direção do mar, a nordeste de Ponta do Mel, e declara: “Seagarland.”

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