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Miliamperes no cérebro

    O neurocirurgião Fabio Godinho usando o halo estereotáxico: a tecnologia atual de estimulação cerebral é menos agressiva. “Se não der certo, basta desligar o aparelho”, diz o médico CRÉDITO: DERICK MODENA_2025

questões médicas

Miliamperes no cérebro

Avanços tecnológicos abrem nova era nas cirurgias psiquiátricas

Fernando Tadeu Moraes | Edição 225, Junho 2025

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Era um dia importante na vida de Matheus Chaowiche Nassar. Na manhã de 19 de dezembro de 2023, terça-feira, ele foi levado em uma cama hospitalar para dentro da sala 32 do centro cirúrgico do Hospital das Clínicas da Universidade de São Paulo (USP). Sua cabeça estava meticulosamente raspada e, cravejada em três pontos dela, sobressaía uma estrutura metálica circular que os médicos conhecem por halo estereotáxico, usado em procedimentos neurológicos de altíssima precisão.

Às 10h14, quando o enfermeiro posicionou a cama hospitalar no centro da sala, Nassar buscou com os olhos o neurocirurgião Fabio Godinho, chefe da equipe que realizaria a operação, e perguntou: “Eu vou sentir dor, doutor?” O médico o tranquilizou. Respondeu que, a fim de avaliar suas reações durante a cirurgia, ele ficaria acordado durante quase todo o procedimento, mas não sentiria dor. Sentiria, no máximo, uma leve picada.

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