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Ler a piauí de forma irresponsável e pouco metódica também é válido

| Edição 166, Julho 2020

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PIAUÍ 165
Superfã de Consuelo Dieguez, agradeço pela matéria “Caçadores de mentiras”; muito me animou o trabalho da IFCN e seus princípios para um jornalismo confiável. Mas a dificuldade é a assimetria “defesa versus ataque”: é mais fácil espalhar fake news do que checá-las; isso poderia ser mitigado com a arregimentação de voluntários (como faz a Full Fact). Ainda, como frisa Rodrigo Mesquita em “Uma nova imprensa” – um apelo à adaptação do jornalismo (que me evocou The Revolt of the Public, de Martin Gurri) –, o problema é menos as pessoas que acreditam em uma determinada fake news, e mais o resultante contexto de incerteza e desconfiança geral, que faz as pessoas buscarem informações que confortem seus vieses e emoções prévias. Adicione a isso a formação de “bolhas”.

Como Consuelo, preocupo-me com governos despreparados chamando para si regular a circulação de informações; gostaria de ler mais sobre alternativas efetivas. Talvez uma “agência de rating” que classifique transmissores de informação de acordo com sua observância a princípios de confiabilidade (como os da IFCN); aliás, googlei e descobri que a Ad Fontes Media já o faz, há um livro de 2015 a respeito. Mas acho cada vez mais provável que haverá normas responsabilizando indivíduos por repassarem informações falsas ou imprecisas – e, se os jornalistas não começarem a pensar nisso, outros o farão.

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Reportagens apuradas com tempo largo e escritas com zelo para quem gosta de ler: piauí, dona do próprio nariz

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