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    "Nós não podemos mais errar com este menino", disse o juiz. Rodrigo e eu nos entreolhamos, surpreendidos com aquela história de tristeza. "Se ele quiser, vai ter uma família", respondemos. E fomos ao abrigo conhecer nosso filho FOTO: BRUNO POPPE_2015

história pessoal

Diário de uma adoção

Os processos de adoção podem ser morosos, às vezes exasperadamente lentos. E de repente um e-mail ou telefonema nos coloca no olho do furacão

Gilberto Scofield Jr. | Edição 105, Junho 2015

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Já havia lido a respeito de trabalhos de parto excepcionalmente longos. Mulheres que penam com contrações e dores que duram bem mais de 24 horas, o casal e a família preocupados com o bebê que custa a nascer. Pois bem: o parto do meu filho durou 192 horas. Foi fisicamente indolor, mas nem por isso menos aflitivo. Fui tomado por uma ansiedade gigante, daquelas que impedem que se pense em outra coisa, que aceleram o coração, fazem suar frio.

Na tarde de 23 de outubro de 2014, uma quinta-feira, meu parceiro Rodrigo recebeu um e-mail de um grupo que reúne entidades de apoio à adoção e varas da infância. Um menino pardo de 4 anos, com suspeita de síndrome alcoólica fetal (SAF), interno num abrigo no Vale do Jequitinhonha, estava livre para adoção.

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Reportagens apuradas com tempo largo e escritas com zelo para quem gosta de ler: piauí, dona do próprio nariz

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