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    Orlando Cavalcante Neto (centro, de gravata) com colegas do Siga Brasil: “A fiscalização social é maior do que qualquer acompanhamento que os senadores seriam capazes de fazer” CRÉDITO: DIEGO BRESANI_2025

labirintos do brasil

O burocrata

Como um funcionário público e seus colegas desvendaram (quase) todos os segredos do Orçamento da União

Camille Lichotti | Edição 225, Junho 2025

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A recepção da Biblioteca do Senado Federal estava lotada. Orlando de Sá Cavalcante Neto, consultor de Orçamento, vestia um terno cinza folgado e esboçava um sorriso encabulado toda vez que um colega da repartição se aproximava para elogiá-lo. Mas ele não estava preparado para a maneira como o diretor executivo de gestão do Senado, Márcio Tancredi, o cumprimentou. “Esse cara é o cara!”, bradou Tancredi, como se revelasse um herói improvável naquele canto do Congresso. “É ele quem puxa todo mundo aqui.” Cavalcante Neto baixou os olhos e sorriu.

A burocracia da capital federal estava em peso no lançamento do livro Ensaios sobre orçamento público, em 26 de novembro passado, e havia um clima de leveza institucional. O livro comemora os trinta anos da Consultoria de Orçamentos, Fiscalização e Controle do Senado, responsável por assessorar os parlamentares. É o local onde Cavalcante Neto “puxa todo mundo”. Treze membros da equipe assinam os textos da obra, inclusive Cavalcante Neto, cujo artigo examina como a inteligência artificial (IA) pode facilitar o acesso do público ao Orçamento da União, com seu labirinto de informações que exige conhecimento de termos técnicos e de computação.

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