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    No primeiro encontro dos dois, Marina Silva disse que sentia vertigem quando precisava falar de economia. "Acho que posso ajudá-la a perder essa vertigem", respondeu Giannetti FOTO: ELLA DURST_2014

vultos da economia

O palestrante cético

Eduardo Giannetti, o conselheiro da elite que desconfia do poder das ideias

Rafael Cariello | Edição 100, Janeiro 2015

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 Um telão atrás do palco anunciava o 21o Salão do Imóvel, organizado pela Associação das Empresas do Mercado Imobiliário do Espírito Santo. Apesar do nome oceânico, o espaço Atlântico do hotel Bristol Four Towers, em Vitória, não comportava mais do que 100 pessoas. Uma luz branca de açougue iluminava de maneira homogênea orador, plateia e painéis que registravam as atrações do evento.

Menos de 48 horas depois de divulgado o resultado do segundo turno das eleições, Eduardo Giannetti da Fonseca estava ali, atrás do púlpito, para falar das perspectivas para a economia brasileira em 2015. Boa parte dos empresários capixabas que acordaram cedo para ouvi-lo conhecia o palestrante apenas como o “economista da Marina”. Desde 2010, Giannetti é um dos formuladores econômicos das candidaturas de Marina Silva, derrotada duas vezes no pleito de chegar à Presidência da República, primeiro pelo PV, depois pelo PSB.

Duas semanas antes ele estivera em Cuiabá, num dia de tempo seco e calor sufocante, a convite do sindicato dos donos de postos de gasolina de Mato Grosso. Na tarde seguinte ao compromisso em Vitória, marcaria presença numa feira de empresas de tecnologia, na capital paulista. A agenda intensa de compromissos, e o pinga-pinga de voos, continuaria nas semanas subsequentes, já que os finais de semestre são a “alta estação” de seu ramo de negócios. Giannetti é um profissional das palestras.

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