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    CRÉDITO: ANDRÉS SANDOVAL_2025

esquina

Segredos da fé

O artista católico que decora lojas maçônicas

Tatiane de Assis | Edição 221, Fevereiro 2025

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Foi com um vizinho em Araguaína (Tocantins) que Valdson Ramos descobriu a arte. Ele tinha cerca de 16 anos e estava voltando do Centro da cidade, onde trabalhava com o pai e os irmãos como servente de pedreiro. Perto de sua casa, parou junto a um portão. Esticou o corpo e apertou os olhos para ver melhor o que um rapaz no quintal estava fazendo. Ramos não conhecia ainda aquele vizinho que, sentado em uma cadeira, pintava uma tela.

Da metade para cima, o quadro mostrava uma cachoeira. A metade inferior estava em branco. “Ver aquela paisagem surgindo pareceu mágica”, recorda Ramos. Ele pediu licença para entrar e observar o trabalho. O vizinho concedeu mais do que isso: adotou Ramos como aprendiz. “Ele se chamava Jefferson Paladin. Era mais velho que eu, devia ter 20 e poucos anos. Foi meu primeiro instrutor e me ensinou as técnicas básicas de pintura. Fazia telas, mais de decoração, para vender”, conta. Ramos também descreve de forma vívida a figura do mestre: “Ele era alto, magro, tinha cabelos curtos, lisos e grossos. Falava inglês e, por ter convivido com gringos, tinha um sotaque diferente.”

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Reportagens apuradas com tempo largo e escritas com zelo para quem gosta de ler: piauí, dona do próprio nariz

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